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  • Foto do escritorsoniaclemente

Hummmm, são brisas, senhor, são brisas deliciosas

E que delicia!

Não, não é porque agora estão “na moda”. Antes pelo contrário.

A minha “gula” por Brisas vem desde que me conheço como “gente”.

A primeira vez que as provei foi num casamento. Tinha 7 anos.

A parte boa é que foi no casamento da minha “irmã emprestada”. Houve sobras. Muitas sobras. Muitas Brisas do Liz.

Encantada com este novo “bolo” requisitei um livro de receitas na Biblioteca Ambulante, que passava pelos Pinheiros uma vez por mês, e lá me debrucei na pesquisa de “como fazer Brisas do Liz”.

Descobri a receita.

Parecia tão simples.

Houve um problema, não tinha as formas.

Mas havia alguém lá nos Pinheiros que tinha “uma meia dúzia” delas e que me emprestou.

Encantada, fiz as minhas primeiras Brisas do Liz.

Quando chegou o momento das desenformar a ansiedade era muita.

Ficaram lindas (guardo-as na memoria, na época quase ninguém tinha máquina fotográfica de rolo).

Pareciam pedra.

Não sei o que se passou, nem o que fiz de errado (também, o que se pode esperar de uma criança de 7 anos na cozinha?), mas naqueles dias as galinhas tiveram sorte. Ficaram muito duras.

Depois disso, mal podia esperar para estar num casamento para poder comer Brisas do Liz.

Em Leiria eram poucos os locais onde se podiam comer. E nem sempre havia.

Em julho de 2001 tive o privilégio de acompanhar de muito perto o evento que teve como objectivo fazer a inscrição das Brisas do Liz no World Guinness Book of Records.

Foram mais de 40 000 Brisas do Liz alinhadas num tabuleiro de 2km no Jardim Luís de Camões em Leiria. ( https://www.brisasdoliz.pt/noticias/as-brisas-do-liz-e-o-record-do-guinness- )

Estava a trabalho. Diretos para a rádio, entrevistas, animação, fotografias...ufa, uma azafama...e mal podia esperar para poder saborear umas quantas. E não consegui. Vi-as, mas não as comi.

Cheguei a conversar com vários pasteleiros de Leiria para incentivarem o consumo da Brisa do Liz. Na época, era um doce que praticamente não tinha procura.

Até digo mais. Trabalhei mais de dois anos na Pastelaria San Luis em Leiria e as Brisas costumavam ser feitas mais ao fim de semana. E quando era domingo à noite e havia sobras...era o meu momento de felicidade. Tão bom. (porque as que sobravam eram distribuídas entre os funcionários, não ficavam para o dia seguinte).

A pouco e pouco começou a haver mais pastelarias em Leiria a ter a Brisa do Liz à disposição. E ainda bem.

Fiquei muito contente quando finalmente abriu um espaço em Leiria só com Brisas.

E agora, ver um dos meus “bolos” preferidos como pré-finalista às 7 Maravilhas Doces de Portugal, pelo distrito de Leiria...nem tenho palavras para descrever o que sinto.

Estou feliz. Muito feliz mesmo.

Gosto de Brisas do Liz.

Sempre gostei.

Já me contaram que o Quindim do Brasil é uma adaptação das Brisas, e realmente é bem parecido. Ambos são muito bons.

Independentemente de as Brisas do Liz ficarem ou não entre as 7 Maravilhas Doces de Portugal, o mais importante é que finalmente em Leiria já se pode comer uma Brisa a qualquer dia da semana.

É um doce que já faz parte da tradição dos leirienses.

E que assim continue.

É tão bom.

E já não tenho que esperar por um casamento para saborear uma Brisa do Liz.







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